quinta-feira, 8 de outubro de 2009

7 Série - Volume 3

ATIVIDADE RÍTMICA – MANIFESTAÇÕES E REPRESENTAÇÕES DA CULTURA RÍTMICA DE OUTROS PAÍSES: O ZOUK
A palavra zouk significa “festa”, e a música é cantada em créole, língua que mistura predominantemente o idioma francês com dialetos africanos. É uma dança caribenha oriunda das Antilhas Francesas, com freqüência praticada nas ilhas de Martinica, Guadalupe e Santa Lúcia, e também popular em países africanos onde o português é a língua oficial, como Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique. O ritmo é mundialmente conhecido. Na África, porém, é chamado de kizomba. No Brasil, popularizou-se ao final da década de 1990, com movimentos diferenciados e associados à lambada, influenciando-a e sendo influenciado por ela. É bastante conhecido na região Norte do país, o que se deve à proximidade com a Guiana Francesa, atualmente considerada parte do território ultramarino francês. O Amapá e o Pará são os estados brasileiros em que o zouk é mais popular. Há indícios de que o zouk tenha influenciado alguns ritmos brasileiros, ocasionando mudanças na forma de dançar o carimbó, por exemplo, com a substituição de duplas soltas por casais abraçados. No caso da lambada, surgida no Pará durante a década de 1970, além do zouk e do carimbó, percebe-se também a influência do forró e de outros ritmos latinos, como o merengue. Considera-se que o zouk dançado no Brasil não seja o mesmo dançado no Caribe. Os passos brasileiros são semelhantes aos da lambada, mas realizados mais lentamente. O ritmo dançado nos demais países é chamado de zouk love e seus passos são diferentes, por serem mais suaves. O zouk love possui três passos principais: o zouk cannelle (“canela”), o zouk gingembre (“gengibre”) e o zouk piment (“pimenta”). Para esses passos é necessário considerar que os momentos de transferência do peso corporal ocorrem com movimentos de inclinação e de circundução da cabeça. O passo básico chamado “canela” se dá de maneira semelhante ao caminhar, para a frente e para trás, durante o qual o homem e a mulher se colocam de frente um para o outro. Assim, o membro inferior direito de cada dançarino estará próximo ao membro inferior esquerdo de seu parceiro. O movimento é iniciado com a perna direita do homem projetando-se para a frente e, consequentemente, a perna esquerda da mulher projetando-se para trás. A seguir, ambos se preparam, agrupando os membros inferiores, para “dar um passo” no sentido oposto: a mulher movimenta a perna esquerda para a frente e o homem a acompanha com a perna direita para trás. Esse movimento de vaivém é contínuo ao longo da dança. O passo “gengibre” envolve a semiflexão dos joelhos, seguida de extensão, assemelhando-se ao movimento de descer e subir. Essa movimentação, na articulação do quadril, é realizada à direita e à esquerda. Já o passo “pimenta” é a fusão dos anteriores (“canela” e “gengibre”), com o casal dançando o mais próximo possível, entrelaçando os membros inferiores. Embora algumas articulações tenham sido enfatizadas na descrição dos movimentos, na caracterização do zouk não basta apenas dar passos para a frente, para trás e para os lados. É necessário envolver todo o corpo ao dançar.

GINÁSTICA – PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS: GINÁ STICAS DE ACADEMIA
O fenômeno de surgimento, proliferação e diversificação das academias de ginástica tem relação com o crescimento dos espaços privados de lazer e serviços e com a simultânea redução e degradação dos espaços públicos – nas ruas, nas praças e nos parques estamos sujeitos à violência, à poluição, à falta de limpeza e de conservação etc. Além disso, a deficiência de políticas públicas de lazer e esporte não estimula convenientemente o acesso às instalações esportivas mantidas pelo poderes municipal, estadual ou federal. As academias de ginástica surgem, então, como alternativas no chamado “mercado do corpo e do fitness”, que vende promessas de beleza e saúde por meio de produtos e serviços. Não sendo mais restritas à classe média alta, oferecem, em um único local, práticas de ginásticas diversificadas, o que permite atender a vários interesses no âmbito do Se-Movimentar. Além de trazer para o seu interior os avanços técnico-científicos no campo do treinamento físico, as academias buscaram diversificar suas práticas, para atrair novos clientes e diminuir a evasão, pois grande parte dos usuários interrompe periódica ou definitivamente a frequência às academias. Sabemos como, ao se aproximar o verão, aumenta de forma significativa o número de clientes das academias. Dezenas de diferentes práticas são oferecidas nesses locais espalhados por todo o Brasil. Todavia, ao se beneficiarem da difusão, por parte das mídias, de um modelo de beleza corporal que se torna cada vez mais predominante (caracterizado pela magreza, no caso das mulheres, e pela hipertrofia muscular no caso dos homens), as academias, apoiadas por estratégias de propaganda e marketing, prometem “milagres” (“fique em forma para o verão em apenas um mês”, por exemplo) e, assim, atraem novos usuários, que pagam pelos serviços prestados. Mas será que a ginástica só serve para emagrecer e, assim, atender a um padrão de beleza imposto pelas mídias? Não há nela, em seus diversos tipos, outros valores e sentidos como relaxamento, bem-estar, sociabilização, melhoria da condição física geral, reabilitação física? As diversas modalidades de ginástica podem ter também estes sentidos para as pessoas. Por sua vez, as mídias associam a prática da ginástica com padrões de beleza corporal para homens e mulheres. As revistas voltadas ao público adolescente e jovem (em especial ao feminino) sugerem ou prometem explicitamente: emagrecimento (em conjugação com dietas, cosméticos e cirurgias), definição e/ou hipertrofia muscular. Nota-se ainda a tendência de indicar a ginástica aeróbica, a caminhada e a corrida com o objetivo de perder calorias (e, portanto, emagrecer), e a ginástica localizada ou musculação para definição e/ou hipertrofia muscular.
Percebe-se, ainda, que as matérias que sugerem programas de exercícios ou as propagandas de equipamentos domésticos (para realizar exercícios abdominais, por exemplo) prometem efeitos rápidos, com pouco esforço. Raramente é apresentada a fundamentação técnico-científica coerente e adequada para validar tais promessas. Poucas vezes, nas matérias das revistas e jornais, nos programas televisivos ou propagandas, a ginástica é associada ao desenvolvimento, possível para todos, de uma boa condição física geral, ou ao bem-estar, ao relaxamento e à sociabilização. Em face das promessas de obtenção de rápidas e significativas alterações na aparência corporal, muitos jovens passam a adotar condutas em certos casos prejudiciais à saúde, entre as quais se encontram as dietas “milagrosas”: receitas de sopas, saladas etc., associadas por vezes a laxantes e diuréticos – que permitem redução acentuada de peso corporal em poucos dias ou semanas. Contudo, a perda de peso com base em dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de um ou mais macronutrientes (carboidratos, gorduras ou proteínas) pode ser prejudicial à saúde humana, uma vez que promove sobrecarga sobre as estruturas orgânicas durante a absorção e/ou excreção dos nutrientes, ou carência deles. Uma variedade de suplementos alimentares encontra-se disponível no mercado do “corpo perfeito”, como os “queimadores de gorduras”, os energéticos, os construtores (aminoácidos e precursores) ou anabolizantes, e os complementos vitamínicos e minerais. Entretanto, seu uso indiscriminado, em detrimento de uma alimentação convencional adequada, pode expor o organismo a situações de risco, visto que muitos produtos comercializados como suplementos não possuem comprovação científica quanto à segurança ou à eficácia de seu uso. Por vezes, a suplementação de alguns nutrientes e substâncias, já presentes no organismo em quantidades normais ou próximas do normal, eleva sua proporção em relação a outros nutrientes e substâncias, deixando o organismo suscetível a distúrbios diversos, incluindo doenças como diabetes. Outra prática comum no mercado da beleza é a difusão de propagandas relacionadas a programas e/ou produtos envolvendo exercícios físicos. Em geral, eles propõem modificações nas formas corporais (hipertrofia ou definição muscular, redução de medidas) em curto espaço de tempo, metas difíceis de serem atingidas quando o exercício é utilizado isoladamente. Notadamente, a região abdominal constitui um dos principais alvos desse mercado, cujo propósito, de definição muscular, impulsiona o lançamento de vários modelos de equipamentos e de rotinas de exercícios direcionados à aquisição de um abdome bem definido. Entretanto,
a obtenção de resultados semelhantes àqueles mostrados pelos modelos nas propagandas só se torna possível mediante a adoção, simultaneamente, de dietas que favoreçam a redução da gordura corporal total e a utilização dos equipamentos e exercícios propostos.

ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE: PRINCÍPIOS E EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO
Com o avanço do conhecimento sobre os diversos fatores que contribuem para estabelecer a condição de saúde no âmbito individual e/ou coletivo, a disseminação de informações sobre a importância de um estilo de vida fisicamente ativo vem obtendo destaque nas últimas décadas. No entanto, para que a atividade física possa promover efeitos positivos sobre o organismo, é necessário atender a princípios básicos fundamentados em estudos científicos (princípios do treinamento), os quais subsidiam a elaboração e o desenvolvimento de programas de exercícios voltados à melhoria das capacidades físicas tanto de atletas quanto de não atletas.
Princípios do treinamento físico
Sobrecarga: está relacionada ao aumento da carga de trabalho físico, que deve ser gradual e progressivo, de modo a estimular o organismo a exercitar-se acima do nível ao qual está habituado, induzindo adaptações biológicas que aprimorem suas características morfológicas e/ou funcionais. Para tanto, deve adequar diferentes combinações entre frequência, intensidade e duração e/ou volume de treinamento, conforme a capacidade física a ser desenvolvida. A frequência refere-se ao número de sessões semanais de determinado exercício; a intensidade, ao nível de dificuldade do exercício – quantidade de peso e velocidade suportados; a duração ou volume, ao período de tempo durante o qual o programa é realizado (semanas, meses), ou tempo gasto em uma única sessão de exercícios (minutos, horas).
Continuidade: preconiza que a melhoria na capacidade funcional depende da regularidade com que a prática de atividades físicas é realizada, e que as adaptações biológicas pretendidas resultam da adequada alternância entre esforço e recuperação.
Reversibilidade: também referido como “uso e desuso”, diz respeito ao declínio na capacidade funcional, decorrente das perdas das adaptações biológicas resultantes do programa de exercícios, que ocorre quando a atividade física é suspensa ou reduzida. Representa um reajuste do organismo ao baixo nível de solicitação das capacidades físicas, tornando evidente o caráter transitório e reversível das melhorias oriundas da prática regular e contínua de exercícios físicos, especialmente quando essa regularidade deixa de ser mantida.
Especificidade: explica que o aprimoramento e o desenvolvimento de determinada capacidade física
(força, flexibilidade etc.) decorrem de adaptações fisiológicas e bioquímicas específicas para determinados tipos de atividades físicas, conforme diferentes combinações entre volume e intensidade de esforço. Por essa razão, a melhoria da flexibilidade requer exercícios de alongamento muscular, enquanto exercícios aeróbios desenvolvem a resistência cardiorrespiratória.
Individualidade: diz respeito ao modo como as diferentes características e condições de cada indivíduo interferem nos efeitos pretendidos por um programa de exercício. Compreende aspectos relacionados às diferenças entre os sexos; ao estágio de maturação biológica; ao nível inicial de condicionamento físico; aos aspectos genéticos do praticante; aos fatores ambientais e/ou comportamentais (alimentação, hábitos de repouso e sono, existência ou não de doenças, aspectos motivacionais etc.).
Considerando-se a obediência ou não a um ou mais dos referidos princípios, por ocasião da elaboração ou execução de um programa de exercícios, estes podem expor o organismo a consequências diversas, que englobam tanto efeitos positivos quanto negativos sobre a condição de saúde dos praticantes. Quanto aos aspectos fisiológicos e morfológicos, o treinamento físico, dependendo de suas características e das especificidades de seu estímulo, pode produzir efeitos positivos ou negativos sobre vários sistemas orgânicos: sistema metabólico/energético (modificação na quantidade e na atividade de enzimas e organelas relacionadas ao metabolismo aeróbio ou anaeróbio); sistema cardiovascular e pulmonar (modificações nos músculos cardíacos e respiratórios, assim como em seus parâmetros durante o repouso ou o exercício); sistema musculoesquelético (alterações no tônus muscular e na densidade óssea); sistema nervoso autônomo (produz relaxamento ou excitabilidade); sistema nervoso central (aumento da circulação sanguínea no cérebro); sistema visual (melhoria no desempenho visual); sistema sensorial cinestésico (melhora da capacidade de desempenho muscular, ou disfunção da propriocepção e surgimento de lesões); sistema imunológico (estimulado em atividades leves e de longa duração, mas prejudicado em treinamento muito intenso); e sistema endócrino (liberação de hormônio do crescimento e melhoria do sistema regulador hormonal). Quanto aos aspectos psicossociais, destacam-se como efeitos positivos da atividade física/exercício: redução de vários sintomas de estresse, da ansiedade, do nível de depressão moderada e da instabilidade emocional; melhora da autoestima, do autoconceito, da imagem corporal e dos relacionamentos interpessoais. Em contrapartida, o treinamento excessivo encontra-se associado a efeitos negativos tais como: transtornos psicossomáticos ou gastrointestinais; alterações de apetite e sono; desvios de comportamento; aumento da ansiedade e da agressividade; esgotamento físico e psicológico (burnout); distúrbios cognitivos (falta de atenção e concentração, esquecimento, bloqueio mental) e síndrome de saturação esportiva, além da diminuição dos sentimentos de eficácia, de alegria, de realização, de competência e de controle. Cabe ressaltar que a infância e a adolescência representam períodos de grande capacidade de adaptação orgânica que, apesar de diminuir com o avanço da idade, mantém-se até o fim da vida. Portanto, favorecer a percepção do aluno quanto aos princípios e aos efeitos dos programas de atividade física/exercício possibilitará maior compreensão sobre a importância da atividade física regular na melhoria da condição física e seus benefícios sobre o estado geral de saúde.

30 comentários:

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  2. Ana Carolina Soares Sanquete n°5 3°A

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  3. waiston nº27 7ºserie C

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  5. Alessandra Regina de Moraes
    Nº02
    7ºSerie B

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  6. Alessandra Regina de Moraes
    Nº02
    7ºSerie B

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  7. waiston nº27 7ºserie C

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  8. Gustavo H. Rodrigues
    nº 08
    7ª serie C

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  10. anderson rafael pitana ribeiro 7ºa manha nº5

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  11. acassia aparecida fadini nº01 serie 7º B

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  12. vinicius rodrigues manenti n:26 serie 7C

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  13. ACASSIA APARECIDA FADINI Nº01 SERIE 7ºB

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  14. acassia aparecida fadini nº01 serie 7ºB

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  15. Gustavo Martins
    nº14
    7ª Série B

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  16. Nome:Carlos Henrrique Neves Teodoro
    Nº:05
    Série:7ºB

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  17. nome : Jady Francine Barboza dos Santos
    n: 09
    série: 7c

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